“Tido como marco oficial do nascimento da cidade de São Paulo, o Pátio do Colégio é um sítio arqueológico onde a primeira construção da cidade foi levantada. Ergueu-se, no alto de uma colina entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, quando o padre Manuel da Nóbrega, o noviço José de Anchieta e outros padres jesuítas a pedido de Portugal e da Companhia de Jesus estabeleceram um núcleo para a catequização dos índios. Na época, essa região entre rios era chamada de Vila São Paulo de Piratininga, sendo uma opção estratégica de segurança. Hoje, é um tesouro guardado em meio ao centro histórico e aos arranha-céus de São Paulo.
Em dezembro de 1556, o local foi ampliado para abrigar o colégio dos jesuítas. Já em 1759, quando Marquês do Pombal determinou a expulsão dos religiosos do Brasil, o Pátio do Colégio tornou-se o Palácio dos Governadores entre os anos de 1765 e 1908. O antigo casarão colonial foi consideravelmente descaracterizado por diversas reformas durante todo esse período, restando apenas fragmentos de uma parede de 1585 remanescente do antigo colégio jesuíta na edificação atual. Ainda nessa época, foi perdido grande parte do acervo da Igreja devido a um desmoronamento.
O Pátio do Colégio voltou a ter seu propósito original apenas entre 1932 e 1953, quando foi transformado em Secretaria da Educação. Em 1954, a Companhia de Jesus iniciou o projeto de reconstrução do colégio que só acabou em 1979 com a fundação do Museu Padre Anchieta e da Igreja Beato Anchieta.
Atualmente, o Pátio do Colégio abriga diversas atividades religiosas e culturais. Conserva também a grafia original do português arcaico.”
Fonte: Site www.saopaulo.com.br
